terça-feira, 12 de julho de 2022

Pensando & Conhecendo LIII

É possível conhecimento sem se recorrer a métodos de domínio assegurado sobre estado de coisas e seus desdobramentos espaciais e temporais? Ao menos, razoável reconhecer que não haja conhecimento possível para além dos fenômenos.  Seja porque todo acesso a entes mundanos seja situacional, ou seja, em perspectiva; seja porque não haja meio de discernir no imediato da percepção, a presença sensorial ou sensacional da coisa da distorção, delírio ou ilusão presentes.   É até possível admitir existência para além dos fenômenos. Mas aí, a fé.  Por outro lado, também será forçoso admitir que todo acesso racional não seja originária, mas sempre será reflexiva. 

O conhecimento é correlativo.  Há correlação entre percepção e presença.  Sendo que a percepção tenha suas próprias relações, e a presença tenha as suas.  São esses padrões relacionais que se correlacionam.  Essa correlação é compositiva e imediata, de modo que não haja precedência, causalidade e consequência para se analisar nas correlações, mas somente a partir delas.  Correlação aqui é performance dinâmica originária na relação entre ser humano e mundo.    

O mundo então é uma totalidade complexa de relações constituídas por forças que atravessam uma multiplicidade de planos entrecortados por referências, sensações e conceitos:  Força e plano são elementos relacionais constitutivos arranjados historicamente como modos encarnados; carne é a presença de corpo e campo em que esses modos se configuram para uma análise topológica dessas relações. 




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