É possível conhecimento sem se recorrer a métodos de domínio assegurado sobre estado de coisas e seus desdobramentos espaciais e temporais? Ao menos, razoável reconhecer que não haja conhecimento possível para além dos fenômenos. Seja porque todo acesso a entes mundanos seja situacional, ou seja, em perspectiva; seja porque não haja meio de discernir no imediato da percepção, a presença sensorial ou sensacional da coisa da distorção, delírio ou ilusão presentes. É até possível admitir existência para além dos fenômenos. Mas aí, a fé. Por outro lado, também será forçoso admitir que todo acesso racional não seja originária, mas sempre será reflexiva.
O conhecimento é correlativo. Há correlação entre percepção e presença. Sendo que a percepção tenha suas próprias relações, e a presença tenha as suas. São esses padrões relacionais que se correlacionam. Essa correlação é compositiva e imediata, de modo que não haja precedência, causalidade e consequência para se analisar nas correlações, mas somente a partir delas. Correlação aqui é performance dinâmica originária na relação entre ser humano e mundo.
O mundo então é uma totalidade complexa de relações constituídas por forças que atravessam uma multiplicidade de planos entrecortados por referências, sensações e conceitos: Força e plano são elementos relacionais constitutivos arranjados historicamente como modos encarnados; carne é a presença de corpo e campo em que esses modos se configuram para uma análise topológica dessas relações.
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