O caos é a existência indiferente e indistinta, o acontecimento sem nenhum sentido, a queda no
abismo sem fundo entre o antes e o depois.
A falência do instante já para diante de todas impensáveis
possibilidades de existir e não existir.
No
início, porém há uma iniciação. Nessa
iniciação, o princípio se revela já como um sentido possível. Ele já é um salto entre o antes e o depois. Puro
ato. O próprio instante já para
diante como realização que só alcança plenitude de seu sentido no fim.
Mas, o princípio não já pode ser uma iniciação
qualquer, senão eterno retorno. Já há um
conseguimento. E este conseguimento é
uma recusa ao caos: o princípio não pode tender à totalidade, à neutralidade e
à temporalidade sem que oculte, mais do que mostre, o mal.
O princípio, para ser bom, guarda a esperança e o amor até o fim, em que
pese o que venha a ser até aí.
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