O amor não se esconde, nem se ausenta. Por isso, é besteira procurá-lo. Não obstante, ele se revela. Então, antes mistério.
Confundimos o amor com um desejo, um sentido de ausência.
Mas, amar não é desejar. Se o desejo acaba, o amor não acaba. Se acaba, nunca foi amor. Foi só desejo de viver a ilusão de um amor.
Amar também é sustentabilidade e preservação. Mas nem toda preservação e sustentabilidade é amorosa. Precisamos de uma sustentabilidade ecológica por um simples motivo: não podemos sobreviver além de nosso planeta. Há amor, quando a sustentabilidade advém de uma escolha. É claro que podemos sobreviver à desistência de viver por alguém. Não desistir neste contexto é uma escolha. Mas, uma escolha pode ter várias motivações: interesses financeiros, por exemplo. Quando nada motiva essa escolha, isto é, a preservação e a sustentabilidade valem a pena sem motivo, é o amor que se revela.
Então, qual o sentido de uma aliança por amor? O sentido da revelação do amor na promessa que se mantém sem razão alguma. O desejo e a consciência são estados de passagem. Mas uma promessa não se modifica, não se altera, senão sempre foi falsa. Na promessa, o amor encontra seu corpo.
Uma promessa de amor é sempre esperança de seu cumprimento na morte. Não se trata a morte de evento adiante, mas condensação de um percurso inteiro numa presença imediata. É a promessa, e não o desejo e a consciência, que convoca de verdade o amor à existência (Verbo). Uma memória fiel ao seu fim . É o que nos ensina Francisco na Encíclica Lumen Fidei.
Momento de reflexão
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