domingo, 18 de agosto de 2013

AMOR: Ato Puro

O amor não se esconde, nem se ausenta.  Por isso, é besteira procurá-lo.  Não obstante, ele se revela. Então, antes mistério.

Confundimos o amor com um desejo, um sentido de ausência.




Mas, amar não é desejar. Se o desejo acaba, o amor não acaba.  Se acaba, nunca foi amor.  Foi só desejo de viver a ilusão de um amor.  

Amar também é sustentabilidade e preservação.  Mas nem toda preservação e sustentabilidade é amorosa.  Precisamos de uma sustentabilidade ecológica por um simples motivo: não podemos sobreviver além de nosso planeta.  Há amor, quando a sustentabilidade advém de uma escolha.  É claro que podemos sobreviver à desistência de viver por alguém.  Não desistir neste contexto é uma escolha.  Mas, uma escolha pode ter várias motivações: interesses financeiros, por exemplo.  Quando nada motiva essa escolha, isto é, a preservação e a sustentabilidade valem  a pena sem motivo, é o amor que se revela.

Então, qual o sentido de uma aliança por amor?  O sentido da revelação do amor na promessa que se mantém sem razão alguma.  O desejo e a consciência são estados de passagem.  Mas uma promessa não se modifica, não se altera, senão sempre foi falsa.   Na promessa, o amor encontra seu corpo.



Uma promessa de amor é sempre esperança de seu cumprimento na morte.  Não se trata a morte de evento adiante, mas condensação de um percurso inteiro numa presença imediata.  É a promessa, e não o desejo e a consciência, que convoca de verdade o amor à existência (Verbo). Uma memória fiel ao seu fim . É o que nos ensina Francisco na Encíclica Lumen Fidei. 


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