Pode-se dizer um marco do séc XX algo que diferencie significativamente características sociais e históricas do séc XIX do XXI. Um marco assim foi epistemológico. É a compreensão de que estamos sempre em busca de um padrão para compreendermos algo que se nos apresente à percepção. Se essa busca não começa a partir da consciência, mas do corpo, já se dá ao nível biofísico. No entanto, não há uma relação entre o que se estabelece nesse nível e a compreensão. Se assim fosse, haveria algum tipo de predeterminação, mas isso não acontece, porque vigoram correlações. Ou seja, há imbricações entre a fisiologia cerebral e os fenômenos tanto para a consciência como para o inconsciente.
Essas correlações são
transversais, oscilantes e circulantes entre a consciência e a inconsciência em
relações biunívocas por entre entrelaçamentos binários. O que transversa, ele mesmo é tão somente
presença. Que não pode nem ser figurada
ou representada, senão já oscilante e circulante. Então, a realidade é incontornavelmente
aberta e dialogal, ainda que existam padrões mais persistentes do que outros
para dizer da presença, que só pode se dar já relacionada com a existência como
entrelaçada com a identidade e diferença; natureza e forma; eu e mim mesmo
(self); conceito e noção; texto e contexto.
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