Três lobas. Uma pequena matilha do ginásio que a professora tinha de separar para acabar com o zunzunzum durante a aula. Não se viam havia décadas, mas se reencontraram algum tempo atrás pelo Facebook. Depois de alguns fracassos, na agenda e do cotidiano de ex-mulheres com filhos, segundo casamento e profissões, finalmente a curiosidade venceu e se viram frente a frente para refletirem as próprias trajetórias nas diferenças uma com as outras. Num bar qualquer, se mediram e repararam até nos cotovelos entre sorrisos e beijos.
Na medida das tulipas, foram se envolvendo nas amenidades do papo até que a mentira lhes pareceu verdadeira. As marcas do tempo nos rostos que olhavam se desvaneciam e o que havia milênios tinha sido ontem.
Então, uma delas propôs um sinal de que uma amizade como aquela não acabava nunca: contariam cada uma às outras um segredo. No indistinto brilho do olhar alcoólico ou aventureiro, atalhou:
- Sou adúltera, tenho um amante.
No que foi secundada em meio às gargalhadas com um disparo à altura:
- Sou bissexual, tenho uma amante.
Foi quando dois olhares então pousaram na que de olhos baixos nas suas próprias mãos pousadas sobre a mesa esboçava um sorriso de delícia antecipada:
- Vocês sabem como é... continuo a mesma... sou fofoqueira.
- Sou adúltera, tenho um amante.
No que foi secundada em meio às gargalhadas com um disparo à altura:
- Sou bissexual, tenho uma amante.
Foi quando dois olhares então pousaram na que de olhos baixos nas suas próprias mãos pousadas sobre a mesa esboçava um sorriso de delícia antecipada:
- Vocês sabem como é... continuo a mesma... sou fofoqueira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário