Em 1994, eu cursava o mestrado em administração na EBAP/FGV. E era diretor financeiro de uma cooperativa. Estava formulando a sua carga tributária, quando, naquela maravilhosa biblioteca da Fundação, veio-me às mãos os anais do I Congresso Continental de Direito Cooperativo, de 1969, ano em que nasci. A bibliotecária parabenizou-me: era o primeiro a levar o livro para passear.
Foi nesse livro que conheci o prof. Dante Cracogna. Seu artigo aproximação à noção conceitual do ato cooperativo mudou o que vim a ser, o ar que eu respirava, me apaixonei. Li avidamente tudo dele que conseguia e os anais dos 4 CCDC que aconteceram nas décadas seguintes. Poucos anos depois, o conheci pessoalmente na Costa Rica num encontro promovido pela ACI Americas, por ter rabiscado as minhas primeiras linhas sobre direito cooperativo. Mais uns anos, tive a honra de ser coautor em dois livros coordenados por ele no contexto do Mercosul.
Enquanto fui responsável pelo jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras, persegui a realização do V CCDC. Bom, consegui 2 Congressos Brasileiros, 2 Seminários de Pesquisa em Direito Cooperativo e 2 Concursos de Monografias. Mas, o Congresso Continental...
Antes tarde do que nunca! Finalmente, a ACI Americas resolveu que estava na hora do V CCDC. E o Prof. Dante é que nem Zagalo... não perde um.
E eu é que não ia perder também. Mas, já não estou na OCB, nem na academia. Não tem problema. Tenho o dom de Dante. E não tendo que funcionar, aí é que me entreguei ao Verbo.
A Comissão Organizadora me mandou dia 30 um comunicado: todos os 5 artigos que lhe submeti foram selecionados para apresentação e publicação nos anais do Congresso:
- O fim das cooperativas na madrugada dos mortos
- Os sentidos de generalidade e adequação no tratamento tributário ao ato cooperativo
- O mico das comunidades organizadas em cooperativas subcapitalizadas vai para o ombro de quem?
- A promessa de amor com cooperação na defesa do consumidor passa pela concorrência
- A integridade é hercúlea, mas é possível criar a partir do impossível.
Pelos títulos, já dá para antever... literal e literariamente, em duplos, triplos sentidos, essa viagem tem algo para ser mais do que legal.
Excelente a trajetória Dantesca no Cone Sul, no bom sentido: espantosa! Parabéns pelo Blog e pelos artigos selecionados. Evandro Scheid Ninaut
ResponderExcluirOi Gui, fico que feliz por vc e pelo cooperativismo, apesar da marte subida de mtas mais ainda é tempo de continuar a luta. Parabéns.
ResponderExcluirLucia- SP