quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Gehard Ludwig Müller: alguns pinguinhos nos is.

O Arcebispo Gehard Ludwig Müller é prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.  Como tal, sucessor de Joseph Ratzinger no zelo pela adequada aplicação do magistério eclesiástico no interior da Igreja Católica, antes que ele viesse a ser finalmente ungido Papa Bento XVI.  Agora, sob o papado de Francisco, as opiniões de Gehard Müller sobre a Teologia da Libertação são bastante esclarecedoras sobre a atual situação da própria Igreja em contraste com preconceitos e desconfianças que se criaram em torno dela.  O que esclarece?

1.  As reflexões teológicas a partir do Concílio Vaticano II alcançaram maturidade no papado de Bento XVI.  Adjetivos como conservador, progressista, ortodoxo ou heterodoxo, em termos teológicos, são agora anacrônicos sobretudo a partir da leitura atenta das Encíclicas Deus Caritas Est, Spe Salvi, Caritas in Veritate e Lumen Fidei.  Ocorre no papado de Francisco a aplicação pastoral dessa teologia amadurecida, que inclusive passa pela revisão/rerratificação de posições históricas assumidas pela Igreja. 

2.  Em grande medida, o salto qualitativo dessa teologia é bastante simples:  o pensamento moderno "escanteou" Deus de seu ponto de partida, para colocar o "eu" no lugar, à guisa de um humanismo como resposta às imposições políticas e morais do clero medieval.  A substituição é inaceitável, mas negar o pensamento crítico tampouco resolveu.  Como conciliar o humanismo e a teologia católica?  Colocando no centro do pensamento, "o outro".   A questão é:  quem é "o outro" (sem lançar mão do "truque" de Kant - um "eu" cognoscível, quando não sou eu - a vontade legisladora, o que formaliza a ética)?  Aí está a fragilidade do pensamento crítico: este outro se retrai nas categorizações, nas estruturas que o objetificam: classes sociais ou variáveis de produção e consumo.  Então, o inferno é "o outro" - a guerra ideológica.  A teologia, por sua vez, é capaz de reencontrar este outro sem totalizá-lo num objeto: no limite, este outro não é algo, mas alguém infinito - é Deus.  Interessante que a Igreja Católica não tenha alcançado essa resposta sozinha, ensimesmada, mas no fecundo diálogo interreligioso, especialmente com rabinos.


Bem, vamos à entrevista.

  
Você, desde que é sacerdote e também como bispo é muito sensível aos valores da justiça, da solidariedade e da dignidade da pessoa. Por que este interesse pelos problemas sociais?
Eu venho de Mainz e minha cidade, no início do século XIX, teve um grande bispo, o barão Willhelm Emmanuel von Ketteler, que foi um precursor da Doutrina Social da Igreja. Desde criança vivia em um ambiente de empenho social. E não devemos esquecer que se na Europa do pós Segunda Guerra Mundial e após as diversas ditaduras conseguimos construir uma sociedade democrática, isto devemos também à doutrina social católica. Graças ao cristianismo os valores da justiça, solidariedade e dignidade da pessoa foram introduzidos nas Constituições de nossos países.
Em seu currículo vemos que teve muita relação com a América Latina. Como nasceu esta relação?
Durante 15 anos viajei pela América Latina, estive no Peru, mas também em outros países. Passava dois ou três meses ao ano vivendo como vivem as pessoas comuns, ou seja, em condições muito simples. No começo, para um europeu isto é difícil, mas quando se aprende a conhecer pessoalmente as pessoas e se vê como elas vivem, então se aceita a situação. Um cristão tem que se encontrar em sua casa em qualquer parte: onde há um altar Cristo está presente; em qualquer parte se pertence à família de Deus.
No ano passado, quando você foi nomeado prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, alguns o acusavam de ser amigo do padre Gustavo Gutiérrez, fundador da Teologia da Libertação. O que nos pode dizer sobre isso?
É verdade que conheço bem o padre Gutiérrez. Em 1988, me convidaram para participar de um seminário com ele. Fui com alguma reserva porque conhecia as duas declarações da Congregação para a Doutrina da Fé sobre a Teologia da Libertação, publicadas em 1984 e em 1986. Entretanto, pude constatar que é necessário distinguir uma Teologia da Libertação equivocada e uma correta.
Considero que cada teologia é boa se parte de Deus e de seu amor e tem a ver com a liberdade e a glória dos filhos de Deus. Portanto, a teologia cristã que fala da salvação dada por Deus não pode ser misturada com a ideologia marxista que fala de uma autorredenção do homem.
A antropologia marxista é completamente diferente da antropologia cristã, porque trata o homem como um ser privado de liberdade e dignidade. O comunismo fala da ditadura do proletariado e a boa teologia, ao contrário, fala da liberdade e do amor. O comunismo, e também o capitalismo neoliberal, rechaçam a dimensão transcendente da existência e se limitam ao horizonte material da vida. O capitalismo e o comunismo são as duas faces da mesma moeda, a moeda falsa. Ao contrário, para construir o Reino de Deus a verdadeira teologia vem da Bíblia, dos Padres da Igreja e do Concílio Vaticano II.
Em certos ambientes, sua nomeação para prefeito da Congregação que se ocupa da doutrina católica e a recente eleição do arcebispo de Buenos Aires para bispo de Roma foram vistos como uma revanche da Teologia da Libertação, criticada por João Paulo II e pelo cardeal Ratzinger. O que responde a estas vozes?
Em primeiro lugar, queria destacar que não existe nenhuma ruptura entre Bento XVI e o Papa Francisco no que se refere à Teologia da Libertação. Os documentos do então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé serviram para esclarecer o que era necessário evitar, da maneira de fazer a Teologia da Libertação à autêntica teologia da Igreja. Minha nomeação não significa que se abre um novo capítulo nas relações com esta teologia; pelo contrário, é um sinal de continuidade.
Bento XVI, ao receber em 2009 um grupo de bispos do Brasil em visita ad limina apostolorum, disse que valia a pena recordar que em agosto do ano anterior foram comemorados os 25 anos da Instrução Libertatis Nuntius da Congregação para a Doutrina da Fé, sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação. E acrescentou que “suas consequências mais ou menos visíveis feitas de rebelião, divisão, discordância, ofensa, anarquia ainda agora se fazem sentir, criando em nossas comunidades diocesanas grande sofrimento e uma grave perda de forças vivas”. Concorda com esta análise do pontífice sobre as consequências da Teologia da Libertação?
Estes aspectos negativos dos quais fala Bento XVI são o resultado da mal entendida e mal aplicada Teologia da Libertação. Estes fenômenos negativos não teriam acontecido se tivesse sido aplicada a autêntica teologia. As diferenças ideológicas criam divisão na Igreja.
Mas isto acontece também na Europa onde há, por exemplo, os chamados católicos progressistas e conservadores. Isto recorda a situação de Corinto, onde havia quem se referia a Paulo e quem, ao contrário, se referia a Pedro, ao passo que outros se referiam a Cristo. Mas todos nós temos que estar unidos em Cristo, porque Deus une, o mal divide. A teologia que cria as divisões é antes ideologia. A verdadeira teologia tem que levar a Deus, então não se pode criar divisões.
Excelência, você, ao receber em 2008 o Doutorado Honoris Causa na Pontifícia Universidade Católica do Peru, condenou em seu discurso “a infâmia da nossa época: o capitalismo neoliberal”. O capitalismo neoliberal é uma estrutura do mal?
É difícil fazer comparações entre uma estrutura do mal e um pecado pessoal, embora cada pecado tenha uma dimensão social, estando inserido em alguma ‘estrutura’: família, ambiente de trabalho, sociedade, país. O capitalismo neoliberal é uma daquelas estruturas do mal que no século XIX e XX queriam eliminar os valores do cristianismo. Mas repito: por trás de cada estrutura estão as pessoas que aceitam seus princípios, ou seja, por trás de qualquer estrutura do mal há pecados pessoais.

A entrevista é de Włodzimierz Rędzioch e está publicada no sítio Zenit foi , 20-05-2013. A tradução é do Cepat e focopiada do sítio do Instituto Humanitas da Unisinos 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

AIDC: A integridade é hercúlea

A Associação Internacional de Direito Cooperativo, sediada na Universidade de Deusto, Bilbau, país basco, me deu a honra de publicar um artigo de minha autoria em seu anuário para 2013:  A integridade é hercúlea, mas é possível criar à partir do impossível.  Eis o seu abstract:


A significação da cooperativa desde o amor inteligente de que fala a Encíclica Caritas in Veritate é partilhar um imaginário temporal para a cooperação. Este valor habita no imaginário e se articula com a juridicidade no direito. Possibilidades interpretativas para a Lei 12.690/2012 (cooperativas de trabalho) são concebidas a partir das ideias de identidade narrativa e de desconstrução.





Para a íntegra do artigo, acesse:

http://www.deusto.es/servlet/BlobServer?blobheadername3=MDT-Type&blobcol=urldata&blobtable=MungoBlobs&blobheadervalue2=inline%3B+filename/127/337/guilherme_krueger_157_183.pdf&blobheadername2=Content-Disposition&csblobid=1178114097641&blobheadervalue1=application/pdf&blobkey=id&blobheadername1=content-type&blobwhere=1378298344198&blobheadervalue3=abinary%3B+charset%3DUTF-8

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Roberto da Matta: Achados e Perdidos

Reproduzo texto de Roberto da Matta, publicado em 23.10.2013:


"Às vezes eu sinto a angústia de um menino perdido numa multidão. Vivemos hoje no Brasil um período inusitado de estabilidade política permeada pelas superimposições promovidas pelo casamento entre hierarquias aristocráticas - que em todas as sociedades, e sobretudo na escravidão, como percebeu o seu teórico mais sensível, Joaquim Nabuco, tem como base a amizade e a simpatia pessoal - e o individualismo moderno relativamente igualitário que demanda burocracia e, com ela, uma impecável, abrangente e inatingível impessoalidade.



"O hibridismo resultante pode ser negativo ou positivo. Pelo que capturo, o hibridismo - ou o mulatismo ético - é sempre malvisto porque ele não cabe no modo ocidental de pensar. Provam isso as Cruzadas, a Inquisição, o Puritanismo, as Guerras Mundiais, o Holocausto e a exagerada ênfase na purificação e na eugenia - na coerência absoluta entre gente, terra, língua e costumes, típicas do eurocentrismo. A mistura corre do lado errado e tende a derrapar como um carro dirigido por jovens bêbados quando saem da balada; ou da esquerda carismático-populista, burocrática e patrimonialista no poder. Desconfio que continuamos divididos entre tipos de dominação weberiana e suas instituições. Fazer a lei e, sobretudo, preparar a sociedade para a lei; ou simplesmente prender? Chamar a polícia (que é, salvo as honrosas exceções, intensamente ligada aos bandidos e chefes do crime paradoxalmente presos) ou resolver pela 'política'? Mas como fazê-lo se os 'políticos' (com as exceções de praxe) estão interessados no desequilíbrio porque a estabilidade impede e dificulta a chegada ao 'poder'? Poder que significa, além da sacralização pessoal, um imoral enriquecimento pelo povo e com o povo. Ademais, somente uma minoria acredita na Política representada por instituições igualitárias e niveladoras.
"Para ser mais preciso ou confuso, amamos a dominação racional-legal estilo germano-romana, mas não deixamos de lado nosso apreço infinito pela dominação carismática em todas as esferas sociais, inclusive na 'cultura', como revela esse disparate de censurar biografias. Temos irrestrita admiração por todos os que usaram e abusaram da liberdade individualista nesse nosso mundinho relacional quando lhes perdoamos e não os criticamos, o que conduz a uma confusão trágica entre o uso da liberdade e o seu abuso irresponsável. Esses mimados pela vida e exaltados pelos amigos - os nossos maluquinhos - legitimam a ambiguidade que se consolida pelo pessoalismo do herói a ser lido pelo lado do direito ou do avesso. Esse avesso que, no Brasil, é confundido com a causa dos oprimidos num esquerdismo que tem tudo a ver com uma 'ética da caridade' do catolicismo balizador e historicamente oficial. Com isso, ficamos sempre - como dizia aquele general-ditador - a um passo do abismo. Andar para trás é condescendência; para a frente, suicídio.
"Como gostamos de brincar com fogo, estamos sempre a um passo da legitimação da violência justificada como a voz dos oprimidos que ainda não aprenderam a se manifestar corretamente. E como fazê-lo se jamais tivemos um ensino efetivamente igualitário ou instrumental para o igualitarismo numa sociedade cunhada pelo escravismo e por uma ética de condescendência pelos amigos e conhecidos?
"Pressinto uma enorme violência no nosso sistema de vida. Temo que ela venha a ocupar um território ainda mais denso e seja usada para legitimar outras violências tanto ou mais brutais do que os 'quebra-quebras' hoje redefinidos como 'manifestações'. Protestos que começam como demandas legítimas e, infiltrados, tornam-se 'quebra-quebras'. Qual é o lado a ser tomado se ambos são legítimos e, como é óbvio, dizem alguma coisa como tudo o que é humano?
"Estou, pois, um tanto perdido e um tanto achado nessa encruzilhada entre demandas legais e prestígios pessoais. Entre patrimonialismo carismático e burocracia, os quais sustentam o 'Você sabe com quem está falando?' — esse padrinho do 'comigo é diferente', 'cada caso é um caso', 'ele é meu amigo', 'você está errado mas eu continuo te amando'... E por aí vai numa sequência que o leitor pode inferir, deferir ou embargar.
"Embargar, aliás, é o verbo e a figura jurídica do momento em que vivemos e dos sistemas que se constroem pela lei, mas confundindo a regra com o curso torto, podre e vaidoso da humanidade, tem as suas cláusulas de desconstrução. Com isso, condenamos com a mão direita e embargamos com a esquerda; ou criamos os heróis com a esquerda e os embargamos com a direita. Construímos pela metade. O ponto que já foi ressaltado por mim algumas vezes é o simples: se conseguirmos assumir abertamente a ambiguidade há a esperança de controlá-la. E isso pode ser uma enorme vantagem num planeta cujo futuro é um inevitável 'abrasileiramento'.
"Assim, ao sermos obrigados a calvinisticamente condenar, como fazem os nossos brothers americanos que todo dia atiram nos próprios pés, podemos assumir em definitivo que todos têm razão. Afinal de contas, o Brasil é um vasto programa de auditório com pitadas de missa solene e jogo de futebol".


Roberto DaMatta é antropólogo

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domingo, 20 de outubro de 2013

Cariocas insensatos e os Capitães do Rio

Nestes tempos em que se reivindica com quatro pedras na mão direitos para algum cachorrinho, é legal nos lembrarmos do abismo que separa a humanidade da animalidade: a vivência de si mesmo como outro.  É esta vivência o fundamento (e não outro) da sabedoria possível.

Ferreira Gullar se tornou sábio.  Ele nos conta que, jovem, ele e seus amigos lidavam qual respiração com aquelas pequenas liberdades cotidianas como ir ali sem pedir licença prévia a ninguém; conversar despreocupadamente sobre quaisquer assuntos com um amigo na esquina; trabalhar e voltar para casa todo santo dia. Simplesmente não pensavam nelas.  Até as desprezavam como direitos burgueses: muito pouco ante as aspirações de igualdade e fraternidade das utopias.   Mas, quando até isso foi sufocado, ele e seus amigos perceberam o quão esse pouco era muito que fazia falta para todo mundo.  "Fomos imprudentes."

Da guerra suja, as vítimas não foram só os mortos e torturados por convicções políticas, que somaram poucos milhares.  Desastre maior se deu na articulação da violência política com a violência das ruas do Rio.  De um lado, a formação do Comando Vermelho no presídio da Ilha Grande e, de outro, a aquisição de pontos do bicho por torturadores e, ato contínuo, o patronato em escolas de samba.  A Anistia em 79 pacificou a política.  Mas, e as ruas?

O preço da insensatez foi sendo vomitado décadas depois sobre uma cidade até que ela se quedou refém de bárbaros adolescentes portando fuzis em quadras de escolas ao som de pagodes e funks proibidões.  Neste contexto de saturação da violência, no imaginário popular, nossos (anti)heróis foram sempre capitães:  Guimarães e Nascimento.


A imprudência acontece, quando pensamos só em nós mesmos, até quando dizemos do outro.

E, novamente, no esquecimento da sabedoria, corremos o risco da insensatez política no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Um beijo na história

Um  veterano nos embates eróticos situou o beijo apaixonado num ponto de inflexão:  para as mulheres, o fim do começo; para os homens, o começo do fim.  Sexismo à parte, o beijo apaixonado é a mais prazenteira expressão de um enigma, que é o tempo.
Conquanto um ósculo possa ser descrito como descritivas são as voltas que um relógio dá, o beijo é domínio e cultura.  Mas apaixonados, a experiência nos diz o diverso: estamos inteiramente envolvidos, mergulhados, entregues ao beijo.  Na poética constitutiva do beijo, é revelado o acontecimento da paixão, que se oculta no instante situado entre o antes e o depois.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Selecionado para o V Congresso Continental de Direito Cooperativo

Em 1994, eu cursava o mestrado em administração na EBAP/FGV. E era diretor financeiro de uma cooperativa.  Estava formulando a sua carga tributária, quando, naquela maravilhosa biblioteca da Fundação, veio-me às mãos os anais do I Congresso Continental de Direito Cooperativo, de 1969, ano em que nasci.  A bibliotecária parabenizou-me: era o primeiro a levar o livro para passear.

Foi nesse livro que conheci o prof. Dante Cracogna.  Seu artigo aproximação à noção conceitual do ato cooperativo mudou o que vim a ser, o ar que eu respirava, me apaixonei.  Li avidamente tudo dele que conseguia e os anais dos 4 CCDC que aconteceram nas décadas seguintes.  Poucos anos depois, o conheci pessoalmente na Costa Rica num encontro promovido pela ACI Americas, por ter rabiscado as minhas primeiras linhas sobre direito cooperativo.  Mais uns anos, tive a honra de ser coautor em dois livros coordenados por ele no contexto do Mercosul.

Enquanto fui responsável pelo jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras, persegui a realização do V CCDC.  Bom, consegui 2 Congressos Brasileiros, 2 Seminários de Pesquisa em Direito Cooperativo e 2 Concursos de Monografias.  Mas, o Congresso Continental...

Antes tarde do que nunca!  Finalmente, a ACI Americas resolveu que estava na hora do V CCDC.  E o Prof. Dante é que nem Zagalo... não perde um.  

E eu é que não ia perder também.  Mas, já não estou na OCB, nem na academia.  Não tem problema.  Tenho o dom de Dante.  E não tendo que funcionar, aí é que me entreguei ao Verbo.

A Comissão Organizadora me mandou dia 30 um comunicado:  todos os 5 artigos que lhe submeti foram selecionados para apresentação e publicação nos anais do Congresso:

  1. O fim das cooperativas na madrugada dos mortos
  2. Os sentidos de generalidade e adequação no tratamento tributário ao ato cooperativo
  3. O mico das comunidades organizadas em cooperativas subcapitalizadas vai para o ombro de quem?
  4. A promessa de amor com cooperação na defesa do consumidor passa pela concorrência
  5. A integridade é hercúlea, mas é possível criar a partir do impossível.
Pelos títulos, já dá para antever... literal e literariamente, em duplos, triplos sentidos, essa viagem tem algo para ser mais do que legal.