quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

O Advento


Cidade eterna.   Com o aconchego da simplicidade, as cúpulas lhe dominam.  Jamais se atreveram ofuscá-las com arranha-céus.  A beleza inspirou modéstia virtuosa entre engenheiros e arquitetos.  Há tantas outras cidades em que aço e vidro podem ser erguidos como que sem limites.  Não, em Roma!

Mais fácil é a interpretação que as cúpulas das suas Igrejas sejam símbolo dos céus em paraíso.  Conspiram para essa percepção os afrescos com que nossos olhos se maravilham.  Não excludente a leitura (ao contrário!), prefiro sentir as cúpulas como ventres férteis e acolhedores de seus filhos.  É a Igreja feminina,  doce e gentil.  Esposa de Cristo em veneração à mãe de Deus.  

Cidade laica. Sem explicação de ordem política,  só de lhe contemplar das suas colinas, se pode muito bem compreender Roma sendo a pacifica capital de um Estado Democrático de Direito.  E ao mesmo tempo o sítio de um Estado teocrático absolutista - o Vaticano.

Gloria in excelsis Deo!  Unimos nossos corações ao de uma mãe gestante no Advento.  Ele veio encarnar entre nós criança.  Pediu-nos hospitalidade e ternura. Tão pouco nos custa, quando tudo prometeu.     

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